"Eu estou dançando no meio do salão num imenso breu, esta
frio mas eu estou com calor. Me conduzo pelo espaço inabitável e conduzo minhas
mãos por meu corpo acalentando-o, eu giro, e giro, eu sorriu, gargalho, eu
choro e caiu, me levanto e rastejo. Não, eu não procuro ninguém, eu estou ali sozinha
porque é assim que as coisas devem ser e eu sei disso, não poderia contestar o
que esta tão claro ainda que na escuridão, eu vejo através dos meus pés que se
arrastam num movimento continuo de desespero. Eu não tenho medo do escuro, mas
nele sim, eu tenho medo de mim, eu tenho medo da miséria em que não quero me
afundar, por favor, só me deixe continuar a dançar, pois dançando ao alto som
eu não ouço meus pensamentos e não há mais nada que eu possa fazer."
terça-feira, 30 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
Desvairada
"E desde então viu-se num drama, dos que despontam no gênero
dramalhão. Foi de repente, amanheceu e tudo estava um breu, o que houve com a luz?
Num determinado momento parou de questionar. Paralelo aos contos de fada acolá
está, a chuva cai dentro da casa e fora continua sereno, como serenata em noite
de luar. Maldito cinema matinê que faz acreditar em comédia romântica clichê, contudo,
venho contar-lhes uma tragicomédia, daquela que de tão trágica não poderia
deixar de ser cômica, e quem não se deleita com boa risada? Nem que seja a
custa da desgraça alheia. "Rir é o melhor remédio" e de tanto
medicar-se fez-se louca. Ah! Quisera eu saber o fim, loucura não tem fim e se a
morte guarda a eternidade, quem sou eu para saber da verdade, da moral dessa
tragicomédia interpretada pelo exagero de uma desvairada que mente sobre
felicidade?"
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