A ignorância obriga-me a limitação, como
minha falta de argumentos para minhas tolices, nada de bipolar, nada de ilógicas
ou insensatas, talvez eu apenas esteja esquecendo de dar coerência aos meus
sentimentos, uma ação tão imatura de alguém que julga-se maduro. O que falta? Sim, porque sempre falta alguma
palavra, e essas paginas em branco me transmitem profunda aflição, uma
enfurecida inquietação, pois nada mais sei de mim, nada que seja suficiente
para descrever sentimentos tão complexos e tolos. Talvez eu apenas esteja dando
importância demais a minhas neuras, meus conflitos pessoais que devoram meus
pensamentos, tornando cada segundo um dilema insuportável. Ouso dizer que nada
tenho para amanhã, mas meus infelizes planos são maiores que um pobre pensador
como eu pode merecer. Não me é compreensível, minha falta de experiência não
coincide com os atordoados conselhos ditos ‘sábios’ de minha parte. Como ainda
posso acreditar em mim? Não consigo nem mesmo me atribuir mérito por boas
ações, pois talvez nada passe de tentativas insensatas de fugir do inferno, que
nem ao menos sei se acredito. Mesmo que eu cause boa impressão, essa é sempre
só a primeira, porque a decepção é inevitável depois que são expostos meus defeitos. Nada de ansiedade, não espere um grande filósofo, nem um comediante
nato, pois nada mais sou que um chato disfarçado de estrela, estrela que nem
brilhar brilha, as luzes do meu palco nem foram acessas, então, apenas meça suas
palavras ao me desprezar, minha auto-crítica já é piamente cruel. No fim você
entende que não há nada para entender, não há coisa com coisa, nem uma moral
para essas poucas palavras embaralhadas na minha cabeça.