quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Apenas sonho


“O que tenho eu além dos sonhos?
Sonho para fugir do desalento
Enganando minha realidade
Para não sucumbir ao vento

Costume meu de infância
É achar graça nas nuvens do céu
Tentando esquecer-me da vida
Entrego os pensamentos ao léu

Os dias andam por vezes mais morosos
Porém, o ontem passou rápido demais
E só lembro-me de estar sonhando
Um sonho manente com o mesmo rapaz.”

domingo, 22 de janeiro de 2012

Neuras


A ignorância obriga-me a limitação, como minha falta de argumentos para minhas tolices, nada de bipolar, nada de ilógicas ou insensatas, talvez eu apenas esteja esquecendo de dar coerência aos meus sentimentos, uma ação tão imatura de alguém que julga-se maduro.  O que falta? Sim, porque sempre falta alguma palavra, e essas paginas em branco me transmitem profunda aflição, uma enfurecida inquietação, pois nada mais sei de mim, nada que seja suficiente para descrever sentimentos tão complexos e tolos. Talvez eu apenas esteja dando importância demais a minhas neuras, meus conflitos pessoais que devoram meus pensamentos, tornando cada segundo um dilema insuportável. Ouso dizer que nada tenho para amanhã, mas meus infelizes planos são maiores que um pobre pensador como eu pode merecer. Não me é compreensível, minha falta de experiência não coincide com os atordoados conselhos ditos ‘sábios’ de minha parte. Como ainda posso acreditar em mim? Não consigo nem mesmo me atribuir mérito por boas ações, pois talvez nada passe de tentativas insensatas de fugir do inferno, que nem ao menos sei se acredito. Mesmo que eu cause boa impressão, essa é sempre só a primeira, porque a decepção é inevitável depois que são expostos meus defeitos. Nada de ansiedade, não espere um grande filósofo, nem um comediante nato, pois nada mais sou que um chato disfarçado de estrela, estrela que nem brilhar brilha, as luzes do meu palco nem foram acessas, então, apenas meça suas palavras ao me desprezar, minha auto-crítica já é piamente cruel. No fim você entende que não há nada para entender, não há coisa com coisa, nem uma moral para essas poucas palavras embaralhadas na minha cabeça. 

Gostaria de iniciar minhas postagens com uma frase em francês que muito me identifico.

"Je ne suis pas une fille, je ne suis pas un garçon. Je suis l'absence de définition."