terça-feira, 12 de novembro de 2013

Reflexão



Quando eu tento pensar num princípio para esse sentimento a confusão toma conta das minhas noites e tudo começa a ficar mais vazio, mais úmido e cabisbaixo. Se atento-me pela lógica, tiro lições das quais eu sempre soube, tenho em mim a sina da solidão e aceito-a há tempos, fora isso, nada mais sei que poderia aprender. 
Talvez seja um equívoco dizer, porém, eu o amo. Contudo, percebo que o mesmo sentimento não o atinge e se acaso, em algum momento, este veio a beirá-lo, certeza tenho de que ele o vetou de toda as formas possíveis, afinal, é compreensivo, não? O que faria alguém como ele vir a sentir algo por alguém como eu? Sou sinônimo de problemas, além disso, inútil a seus olhos. Tento reeducar meus sentimentos em prol apenas da sua felicidade, ele merece alguém especial, alguém que o faça sorrir aquele sorriso tão lindo e brando, alguém que cuide dos seus desleixos e nunca o deixe sentir-se só. Ele merece felicidade e se esse é o máximo que posso desejar-lhe, o farei sem desejar ele em si.
Meu maior problema, no entanto, é a saudade, dos sentimentos um dos mais infames, fazendo com que eu me traia repetidas vezes e vá a sua procura, mesmo sabendo que na maioria das vezes eu só o incomodo. Então me sinto perdida, sou tão fraca que não consigo lutar contra meus próprios impulsos inconvenientes que sempre me levam a chama-lo. Mesmo depois das inúmeras indiretas, como posso? Tamanha é minha sem-vergonhice com meus chamegos. Ridícula! eu sei. Só não sei como frear-me.